Ídolo do Bahia coloca Rogério contra a parede e dá última chance a treinador

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O ex-jogador e ídolo do Bahia, Bobô, que foi campeão brasileiro em 1988, fez uma avaliação sobre o trabalho do técnico Rogério Ceni no comando do Esquadrão de Aço. Em entrevista exclusiva ao BNews, Bobô destacou que aprecia o estilo do treinador, mas fez ressalvas em relação à ausência de conquistas na atual temporada.

“Eu particularmente gosto do trabalho do Rogério. Agora, trabalhos sem conquista, sem resultado, normalmente têm questionamentos. Ainda mais com um time muito qualificado. Então, o que se espera é que a entrega seja muito maior. E o Bahia precisa ter essa consistência que não acontece ainda. Disputamos o Baiano, perdemos. Disputamos o Nordeste, perdemos. Copa do Brasil, perdemos. Resta o Brasileiro. E o Brasileiro a gente sabe que é um campeonato mais difícil”, avaliou Bobô.

Apesar da falta de títulos, o ex-jogador acredita que uma classificação para a Libertadores após 35 anos seria um resultado significativo para o Bahia e poderia transformar a temporada do clube em um saldo positivo.

“Então, se você conseguir chegar à Libertadores, ele consegue, de alguma maneira, passar a mensagem de que o trabalho está tendo um resultado. A gente sabe que trabalhar em futebol não é fácil, ainda mais como treinador. Treinador, o cara tem que ter resultado de campo e conquista também. Então, o Bahia tem tido resultado no Brasileiro, mas não tem tido conquista. Eu espero, honestamente, que ele salve essa temporada chegando na Libertadores da América”, completou Bobô.

Para encerrar, o ex-craque do Bahia fez uma crítica à falta de variação tática de Rogério Ceni e citou o Fortaleza como um exemplo a ser seguido, especialmente após a goleada de 4 a 1 sofrida pelo Esquadrão de Aço diante do rival nordestino.

“Eu acho que é a forma de jogar, eu acho que é a mesma coisa, por isso que eu falei de variação tática, porque o time é o mesmo que joga aqui, é a mesma forma que joga fora de casa, e às vezes você tem que adequar a situação do adversário em jogos difíceis fora de casa. Olha o exemplo do Fortaleza, ele está brigando pelo título, não é um jogo fácil, então eu acho que tinha que ter mexido um pouquinho, reforçado mais, mas é um pensamento de torcedor, o treinador é ele”, concluiu Bobô.