Bahia prova que sempre deu aula na luta contra o racismo

Em 2018, o Bahia fez história provando que sempre deu aula na luta contra o lastimável racismo.

A vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense teve um uniforme especial, em que todas as camisas tinham nomes importantes de negros que marcaram a história do Brasil.

Isso aconteceu no mês de novembro, notabilizado por ser o mês nacional da Consciência Negra.

Confira as personalidades homenageadas pelo Bahia

Zumbi (1655-1695): Conhecido como Zumbi dos Palmares, liderou a resistência contra a escravidão e foi o último líder do Quilombo dos Palmares, o maior quilombo da época colonial.

Milton Santos (1926-2001): Renomado geógrafo, foi o primeiro e único latino-americano a receber o prêmio Nobel de geografia mundial. Suas pesquisas abordaram temas como globalização e urbanização no Terceiro Mundo.

Dandara: Guerreira negra da época colonial, esposa de Zumbi e mãe de três filhos, optou por tirar a própria vida ao ser capturada para não retornar à condição de escrava.

Moa (1954-2018): Mestre de capoeira angola da Bahia e fundador do bloco afoxé Badauê, deixou uma marca indelével na cultura afro-brasileira.

Luiza Bairros (1953-2016): Gaúcha radicada na Bahia, dedicou-se à militância negra e foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Ganga Zumba (1630-1678): Primeiro líder do Quilombo dos Palmares, antecessor de Zumbi, desempenhando um papel fundamental na resistência contra a escravidão.

Maria Felipa (?-1873): Líder de um grupo de 200 pessoas que lutou contra os portugueses na Ilha de Itaparica durante a Independência da Bahia, é considerada uma heroína dessa luta.

Mãe Menininha (1894-1986): Reconhecida ialorixá da Bahia, foi uma das mais admiradas mães-de-santo do Brasil, abrindo seu terreiro aos brancos e católicos.

Luís Gama (1830-1882): Baiano considerado o Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil, lutou pela liberdade e atuou como advogado em defesa dos negros.

Batatinha (1924-1997): Destacado nome do samba baiano, recebeu homenagens de artistas como Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Ederaldo Gentil (1947-2012): Cantor e compositor de samba baiano, foi gravado por grandes nomes, incluindo Clara Nunes.

Neguinho do Samba (1954-2009): Criador do samba-reggae e fundador do Olodum e da banda Didá, contribuiu significativamente para a música afro-brasileira.

Mestre Bimba (1900-1974): Criador da Luta Regional Baiana (capoeira regional), tirou a capoeira da marginalidade e contribuiu para sua valorização como manifestação cultural.

Luísa Mahin (Séc. XIX): Líder de revoltas de escravos na Bahia nas primeiras décadas do século XIX, deixando uma marca importante na história da resistência negra.

Jonatas Conceição (1952-2009): Poeta, professor e líder do Movimento Negro Unificado na Bahia, contribuiu para a luta contra o racismo e foi diretor do bloco Ilê Aiyê.

Teodoro Sampaio (1855-1937): Engenheiro baiano, destacou-se como pensador geográfico e historiador, escrevendo sobre temas relacionados à geografia e história do Brasil.

Biriba (1938-2006): Ídolo tricolor, foi campeão brasileiro de 1959 e é lembrado com carinho pelos torcedores do Bahia.

Carlito (1927-1980): Maior artilheiro da história do Bahia, com 253 gols em 13 anos de clube, é uma lenda do futebol baiano.

Manoel Querino (1851-1923): Fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola de Belas Artes, contribuiu para a valorização da cultura africana na Bahia.

Edison Carneiro (1912-1972): Escritor, etnólogo e folclorista, foi um dos maiores estudiosos da cultura afro-brasileira e contribuiu para seu reconhecimento.