Bahia corre riscos de ser acusado por violar direitos humanos com Grupo City? Confirmado

Foto: Reprodução/Instagram @h.m.zayd

O Bahia é um dos clubes mais progressistas do país, o Tricolor de Aço teve o único presidente homossexual do Brasil eleito no final de 2023. Além disso, o Esquadrão ainda lançou um uniforme nas cores da bandeira LGBTQIAP+, e é um clube que se posiciona em pró das minorias. 

Muitas pessoas levam como uma forte contradição o Esquadrão ter como donos um grupo dos Emirados Árabes. O dono do Grupo City é o Sheik Mansour bin Zayed Al Nayan, membro da família real de Abu Dhabi e vice-presidente dos Emirados Árabes, apesar de oficialmente o CFG ser uma empresa privada, documentos vazados revelaram que a empresa é gerida pelo governo dos Emirados.

Emirados Árabes possui leis que ferem os direitos humanos

O país possui leis rígidas contra a o relacionamento de homossexuais e até mesmo relações sexuais fora do casamento, ou seja, mulheres grávidas que não são casadas têm dificuldades no acesso a serviços de saúde e registro da criança. Apesar de soar um pouco hipócrita, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia à época, salientou que o Grupo City não irá interferir nas pautas progressistas do Bahia:

“Este tema (progressita) foi discutido. Mas quando um fundo compra uma empresa no país, o que se precisa fazer é debater as normas do contrato e fazê-las serem cumpridas. E cuidar para que estejam de acordo com o que queremos para o nosso clube. O Grupo City é antenado com causas LGBT, participação feminina. Não há apropriação cultural dos árabes”, disse Guilherme.

O atual presidente do Bahia, Emerson Ferretti, garantiu que o clube vai manter as suas raízes:

“Sou LGBT e sofri preconceito a vida toda. Seria uma incoerência gigantesca se eu não tivesse a preocupação de manter nossa identidade e cuidar do nosso povo”, disse Ferretti.

Sem interferência do Grupo City, o Bahia mantém as pautas progressistas em dia e não corre riscos de sofrer qualquer punição.