Governo e MP da Bahia queriam tomar decisão que mudaria os rumos do Ba-Vi

O primeiro Ba-Vi de 2024 aconteceu no último domingo (18) e o Bahia saiu derrotado. A equipe do técnico Rogério Ceni perdeu por três a dois para o Vitória, no Barradão para mais de 30 mil torcedores rubro-negros.

O clássico teve a presença de torcida única por conta de uma determinação do Ministério Público da Bahia. Porém, o duelo poderia ter sido presenciado pela torcida do Tricolor de Aço.

Torcida no Ba-Vi

Semanas antes do clássico, o governador Jerônimo Rodrigues, torcedor declarado do Vitória, começou a articular o fim da torcida única nos clássicos. O governador realizou diversas reuniões com o Ministério Público a fim de estabelecer diretrizes para o retorno das duas torcidas ao estádio em dia de Ba-Vi.

Além disso, ele conversou com representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Polícia Militar para ter conhecimento sobre as medidas de segurança para o público. Porém, Jerônimo percebeu um baixo interesse dos clubes sobre o fim da torcida única.

Dias antes do clássico, o MP sinalizava de maneira positiva para o fim do decreto e a Polícia Militar já havia informado o governador de que era possível garantir a segurança dos torcedores. Entretanto, Bahia e Vitória não mostraram interesse em participar do projeto, como disse Jerônimo.

“Eu penso que nós tínhamos que fazer [com duas torcidas]. O Ministério Público entrou no circuito, ajudou bastante. Eu vou continuar dizendo: eu garanto a segurança pública. Agora, eu não posso forçar a barra. O Ministério Público recuou no sentido de querer repensar [a torcida única]. No caso dos clubes, aí é responsabilidade de cada um. Eu não posso mais. Eu fiz o que eu pude”, afirmou.

O governador também demonstrou certa insatisfação com relação a dupla Ba-Vi. “Minha parte foi feita. Eu não vou mais ficar insistindo nessa conversa. Os clubes precisam, pelo menos Bahia e Vitória, fazer alguma coisa”, completou.