O ano de 2023 representou um marco para a gestão esportiva do futebol brasileiro. Muitos clubes brasileiros se tornaram SAF e foram comprados por investidores, como o Bahia, que foi adquirido pelo Grupo City.
A venda de 90% da SAF do Tricolor de Aço para um dos conglomerados mais ricos do mundo causou desconforto em vários jornalistas, especialmente da imprensa paulista.
Imprensa paulista, City e Bahia
Com a venda, o Bahia passou a fazer parte de um grupo que é responsável pela gestão de diversos times pelo mundo. O projeto de maior sucesso até o momento é o Manchester City, mas o Grupo administra o Girona, na Espanha, o New York City, nos Estados Unidos, entre outros.
Recentemente, autoridades passaram a investigar o Manchester City para verificar possíveis quebras de regras do fair play financeiro e sonegação de impostos. Com isso, a equipe pode ter como punição o rebaixamento para a 2ª divisão do futebol inglês caso as investigações comprovem os erros.
Desse modo, o jornalista José Calil declarou que essa história interessa ao futebol brasileiro, já que o Grupo City é dono do Bahia. “Isso é uma coisa que interessa muito para nós brasileiros, porque esses caras tão investindo aqui no Brasil também. Então, caso essas investigações comprovem irregularidades lá na Inglaterra, nós temos que exigir as investigações também aqui no Brasil”, afirmou.
Calil também fez questão de ressaltar que o modelo de gestão do Grupo City deve se enquadrar na lei para a contratação de jogadores e investimento nos clubes. No caso do Tricolor de Aço, o Grupo destinou um aporte financeiro na casa dos R$ 300 milhões para reforços.
“Porque é tudo muito bonito, o Grupo City investir no Brasil, está contratando todo mundo, né. Só que isso precisa ser feito dentro da lei, dos parâmetros legais. Não é justo chegaram aqui com o capital internacional e não se submeterem às mesmas regras que Juventude, que Goiás e que Sport se submetem. Tem que ser igual para todo mundo”, completou.