A repercussão da condenação do ex-jogador Daniel Alves chegou até a cidade Juazeiro, cidade onde ele nasceu e deu os primeiros passos no futebol. O brasileiro foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher em uma boate em Barcelona no fim de 2022.
Com isso, a população da cidade cobriu uma estátua do ex-atleta com fita isolante e sacos de lixo após a condenação. Agora, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) cobra a prefeitura de Juazeiro para tomar uma atitude com relação ao monumento.
Ministério Público e estátua de Daniel Alves
O MP-BA deu o prazo de cinco dias para a prefeitura da cidade tomar uma atitude sobre a explicação da estátua localizada no centro da cidade. O monumento tem a imagem de Daniel Alves com a camisa da seleção brasileira e uma bola de futebol em seus pés.
O caso foi levado para a Justiça após a promotora Daniela Baqueiro Vargas Leal questionar se o monumento “trata-se de um bem público”. A dúvida foi levantada após uma representação da ativista Manuella Tyler Medrado.
Ela pediu a remoção imediata da estátua de Daniel Alves após a condenação por estupro. Segundo Manuella, a presença do monumento no centro da cidade afeta a vida da população e enaltece um crime gravíssimo.
“É preciso ressaltar a necessidade de retirada de tal monumento, que não apresenta orgulho nem os ideais que o ordenamento público prevê. Visto que em nossa Constituição e corpo normativo legal, prevemos o crime de estupro e violência sexual como crime de natureza gravíssima e que afeta a toda a coletividade”, declarou.