O time da diversidade: Bahia dá aula até hoje na luta contra preconceitos

A história do Bahia é algo irrefutável, sendo o maior campeão do nacional da Bahia e do Nordeste com dois títulos brasileiros além dos 50 estaduais, a grandeza é implacável.

Mas, a grandeza do Bahia não é apenas nos títulos e também nos fatores sociais e culturais do povo baiano e brasileiro.

Tendo sido forjado em Salvador, a cidade com maior número de negros fora da África, o Bahia é o time do povo e se comporta como tal.

Nos últimos anos, o Bahia após passar por uma grande reformulação interna no seu conselho deliberativo e forma de eleição para presidente, o movimento “Democracia Tricolor” tomou conta do time enquanto associação.

Em 2014, o Bahia que tem como mascote mais tradicional o Super Homem de Aço, em alusão ao apelido e as cores do Superman, adicionou mais um mascote ao seu quadro, pensando em representar mais ainda a sua cidade, uma nova mascote chamada “Lindona da Bahêa”. Essa iniciativa tinha o objetivo de aumentar a identificação com a torcida e conscientizar sobre a luta contra o racismo. A mascote foi inspirada na Mulher Maravilha, mas com traços africanos, representando a rica herança cultural afro-brasileira da cidade de Salvador.

Além disso, o Bahia se tornou uma equipe referência que sempre se posiciona contra todo tipo de preconceito como além do racismo, xenofobia e LGBTfobia, sendo considerado um dos times mais inclusivos nesse aspecto.

E não poderia ser diferente, dado a torcida do Bahia ser simplesmente a maior torcida de um time baiano no estado, logo, em um estado tão diverso tem uma torcida com as mesmas características.

Além disso, o Bahia também sempre relembra com pesar a tragédia que aconteceu em 2007 com o falecimento de sete torcedores na Fonte Nova, antes da sua reforma para a Copa do Mundo.