Presidente meteu o ferro e abriu o jogo sobre sua relação com o Grupo City

Faltando dois dias para as eleições presidenciais o Bahia, o Presidente do Conselho Deliberativo do clube, e atual candidato ao cargo máximo da hierarquia Tricolor Leonardo Martinez, concedeu entrevista para a Rádio Bahia Notícias. Entre outros assuntos, o candidato comentou sobre a sua relação com o Grupo City, que administra a SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Tricolor.

“A relação com o Grupo City é construída. Não se faz de um minuto para outros. A partir de comportamentos, você avalia e vai fortalecendo uma relação. Desde antes da realização do contrato, tenho uma relação honesta com o Grupo City. Nem de permissividade como presidente do Conselho Deliberativo, mas houve momentos em que precisei dialogar. Houve um momento que não abria mão de que os conselheiros tivessem acesso integral ao contrato e que a comissão provisória da SAF tivesse acesso em tempo real. Inicialmente, não era esse o formato. O Grupo City entendia que por questões estratégicas de mercado, a diretoria e a mesa diretora poderiam ter acesso. Eles entendiam que quanto mais pessoas, mais chances de vazamento. Apesar de defender que o sócio também deveria ter acesso, conseguimos chegar ao meio termo.”, explicou.

Sobre a questão do contrato, Martinez fez questão de afirmar que todos os conselheiros do clube tiveram acesso ao contrato firmado. O candidato também destacou que exigiu o máximo de transparência no processo.

“Todos os conselheiros tiveram acesso ao contrato na Arena Fonte Nova, os componentes da comissão provisória tiveram acesso em tempo real e eu, enquanto presidente do Conselho, tinha acesso em tempo real. Também exigi que a diretoria criasse um canal de perguntas e respostas para os sócios, além de disponibilizar advogados para tirar dúvidas dos sócios. Naquela época, foi o máximo possível. Naquela época poderia fazer tumulto e terminar sendo responsável por inviabilizar o negócio. Construímos uma relação honesta, onde eles sabem que eu defendo o interesse do Bahia, mas que não vou criar tumulto. É uma relação positiva, de respeito mútuo e tem tudo para fortalecer.”, adicionou.

Para encerrar, o candidato destacou que mantém contato com os representantes do Grupo City e afirmou que sempre busca conversar com muita franqueza com os dirigentes do conglomerado árabe.

“Tenho contato com as principais lideranças, assisto os jogos no mesmo camarote de Raul Aguirre, CEO. Já tive diálogos com Ferran Soriano, sempre com muita franqueza. Ele percebe sinceridade de minha parte, sem nenhum tipo de interesse ou criando caos para o sócio.”, concluiu.