Rogério Ceni muda discurso e cobra reforços da diretoria do Bahia

Em meio à temporada desafiadora, o técnico Rogério Ceni não hesita em expor as dificuldades enfrentadas à frente do Esquadrão de Aço. Desde a qualidade do gramado da Arena Fonte Nova até a falta de opções no elenco, Ceni discute abertamente os obstáculos do Bahia. Após uma recente derrota em casa, sua análise só reafirma a necessidade de reforços.

Durante a coletiva de imprensa, após o jogo contra o Corinthians, Ceni foi direto ao ponto sobre as lacunas no elenco, afirmando que a equipe está cansada, e precisa de peças. Apesar de reconhecer uma atuação abaixo do esperado por parte de Cauly, o treinador enfatizou a importância desse jogador, de camisa 8, como elemento chave para a equipe, destacando ainda a falta de jogadores com habilidades similares.

A resposta de Rogério Ceni a uma pergunta sobre o desempenho individual de Cauly foi clara: o time precisa de mais atletas. “É um elenco enxuto, que precisa de peças. Nós sempre vamos precisar do Cauly, é uma peça fundamental. Assim como tantas outras”, afirmou Ceni, reiterando a necessidade de fortalecer o grupo.

Variações Táticas com Elenco Curto no Bahia

A crítica situação não apenas limita as escolhas de jogadores, mas também afeta diretamente a capacidade de Ceni de alterar táticas e formações durante o campeonato. Com importantes baixas como Oscar Estupiñán e a lesão de Biel, o técnico se vê forçado a manter uma formação tática restrita, diminuindo a flexibilidade estratégica do time.

“O Oscar poderia entrar como referência, mas o clube que era dono de seus direitos pediu o retorno. O Biel, quando Cauly não está tão bem, entra para fazer essa função. Ele estava lesionado e tomou cartão. A gente perde opções”, explicou Ceni, destacando os desafios enfrentados para manter a competitividade da equipe.

A Base Pode Ser a Solução para o Bahia?

Quando questionado sobre as soluções a longo prazo para o Bahia, Ceni foi cauteloso. Ele mencionou o potencial dos jogadores da divisão de base, mas questionou se atualmente eles estão preparados para assumir um papel significativo no time principal. “As soluções a médio e longo prazo podem vir da base, mas será que temos jogadores da base hoje prontos para entrar?”, ponderou o treinador.

Com jogos cruciais no horizonte, como o confronto com o Atlético-GO fora de casa, cada decisão de Ceni será decisiva. Todo esse contexto reflete não apenas as dificuldades de gerenciamento de um time com limitações, mas também a pressão constante para superar esses obstáculos e moldar um time competitivo.