Acredite se quiser: Sport apelou e decisão sobre STJD foi criticada

Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o Sport por conta do atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza. O episódio aconteceu após o confronto entre as equipes pela Copa do Nordeste.

Membros de torcida organizada do Leão da Ilha atiraram uma bomba caseira no ônibus do Leão do Pici e diversos jogadores foram atingidos pelos estilhaços do vidro, alguns inclusive ficaram com cicatrizes. A diretoria do Sport não gostou da decisão e vai recorrer da sentença.

Diretoria do Sport critica o STJD

Em nota oficial, o Sport classifica a decisão do STJD como “descabida e injusta”. O clube foi punido com oito jogos sem torcida como mandante em competições organizadas pela CBF, além do pagamento de multa no valor de R$ 80 mil.

O presidente do Leão da Ilha, Yuri Romão, também se posicionou sobre o assunto nas redes sociais e cobrou punições aos criminosos. “Não é possível que, após 20 dias do ocorrido, ainda não temos ninguém punido. Os verdadeiros criminosos continuam soltos e, neste momento, rindo. Rindo do STJD, rindo desta direção”, declarou.

Confira alguns trechos do comunicado divulgado pelo Sport em seu site oficial:

Punir uma instituição que não tem nenhuma relação com a torcida organizada, que cumpriu com todas as orientações de segurança e que não tem nenhum poder de Estado para coibir bandidos pela cidade não é fazer justiça. É querer mostrar serviço sem atentar para o verdadeiro problema. A punição, além de não resolver, acoberta e tira o foco e a pressão de se investigar os culpados e as organizações criminosas por trás dos atos.

Não punir esses indivíduos, e sim os clubes, é um caminho desleixado para um problema tão sério. Estamos vivendo um problema social e não desportivo. Uma crise de segurança pública, de norte a sul, rodada após rodada. É preciso entender e levar a sério a complexidade do tema. Cobrar atitude dos órgãos responsáveis. Afinal, nenhum clube do Brasil vai resolver esse grave problema sozinho.

Só com comprometimento total do poder público, responsabilidade, rigidez e cooperação dos serviços de inteligência é que vamos avançar.